> “Me perguntaram quais são os meus sentimentos ao comer carne.

Sentimentos?
Mano… é simples: prazer carnívoro misturado com o tipo de culpa que só aparece depois de um date péssimo que você mesmo escolheu.

Eu dou uma dentada num pedaço de picanha e penso:
‘Nossa, que delícia… isso com certeza destruiu alguma camada da atmosfera.’

E enquanto mastigo, eu já imagino algum militante vegano chegando com aquela energia passivo-agressiva que só quem vive de tofu consegue ter:
‘Sabe que isso aí era um animal, né?’

Sim, eu sei.
E também sei que aquele animal teria morrido de qualquer jeito, porque sinceramente, com o nível de ansiedade coletiva que a humanidade anda, até as vacas já devem estar pedindo pra ir embora.

Comer carne pra mim é quase espiritual:
uma experiência divina seguida de um julgamento final instantâneo.

Primeiro: êxtase absoluto.
Segundo: ‘Será que fui longe demais?’
Terceiro: ‘Fui, mas já foi. Próximo pedaço.’

No fundo, comer carne é igual ir ao nutricionista:
você sabe que está errado, mas também sabe que não vai mudar.